A compreensão sobre o comportamento dos cães está em constante evolução. Recentemente tem se discutido a possibilidade de existir cachorro autista, com características similares ao autismo humano.
Esse conceito ainda é relativamente novo e pouco explorado pela ciência veterinária, mas já desperta o interesse de muitos tutores preocupados com o bem-estar de seus pets.
A observação cuidadosa e o registro dos comportamentos do cachorro autista são passos essenciais para identificar padrões e buscar orientações adequadas.
O manejo adequado para um cachorro autista pode incluir mudanças na rotina, técnicas de treinamento específicas e, em alguns casos, intervenção médica.
Compreender melhor essas características podem ajudar os tutores a oferecer um ambiente mais acolhedor e estimulante para seus cães, promovendo seu desenvolvimento saudável e equilibrado.
Cachorro autista: mito ou realidade?
Apesar do autismo em seres humanos ser um tema muito estudado e amplamente debatido, o tema sobre a existência de cachorro autista ainda é uma questão que provoca grandes discussões entre especialistas.
Mesmo que alguns veterinários consigam identificar características autistas em um cachorro, não há um consenso científico sobre o cachorro autista.
Possíveis sintomas de um cachorro autista
Entre os sintomas percebidos estão:
- Falta de interesse no tutor e em outras pessoas;
- Comportamentos repetitivos, como perseguir a cauda ou andar em círculos;
- Vontade de sair da rotina;
- Perda de interesse em jogos e movimentos restritos;
- Problemas com quebra de rotina;
- Agressividade;
- Hiperatividade.
É importante salientar que somente um médico-veterinário pode atestar o autismo no seu cão.
O que não é autismo em cachorros?
Que seu cachorro viva correndo atrás do próprio rabo, mostre-se às vezes apático ou aparente ter perdido o interesse em algumas brincadeiras não é suficiente para diagnosticar um cachorro autista.
Para que o cachorro autista seja realmente considerado autista, além do diagnóstico médico responsável, é preciso que ele mantenha esses comportamentos desde filhote.
O que pode gerar ainda um amplo debate, porque filhotes tendem a ser mais enérgicos e essa característica pode ser confundida com os comportamentos repetitivos.
Problema de banalizar o autismo
Devido a falta de evidências, é muito fácil cair na banalidade e diagnosticar o cachorro autista de maneira leviana.
Justamente por isso, enfatizamos novamente que só um médico-veterinário ético e responsável está apto para diagnosticar esse quadro.
Para a médica-veterinária Júlia Bezerra de Andrade, entrevistada pela Petz, “falar em autismo para cachorro é prejudicial, pois alguns comportamentos são manifestados por reação ao ambiente ou ao estilo de vida do cão”, explica.
É possível que alguns possíveis sinais de autismo em cachorros possam ser minimizados com o apoio de uma equipe multidisciplinar, desde adestrador até um médico-veterinário especialista em comportamento.
Como lidar com o comportamento do cachorro autista?
Como dito anteriormente, é necessário que o cachorro autista seja realmente diagnosticado por um médico-veterinário. Uma vez confirmado, é possível lidar com os comportamentos típicos do cachorro autista de maneira saudável.
- Assegure-se que o ambiente onde o cachorro autista vive seja seguro e calmo;
- Mantenha uma rotina com seu cachorro, sem mudanças bruscas;
- Ofereça estímulos físicos e mentais para que o cachorro possa interagir;
- O uso de suplementação pode ser indicado pelo médico-veterinário para garantir maior bem-estar.
Lembre-se sempre: cachorros têm sentimentos e são seres sensíveis. Com carinho, paciência e cuidado, podemos melhorar a qualidade de vida de todos os envolvidos.
Como tratar cachorro com autismo?
É possível que alguns possíveis sinais de autismo em cachorros possam ser minimizados com o apoio de uma equipe multidisciplinar, desde adestrador até um médico-veterinário especialista em comportamento.
Como saber se o cachorro está com problemas mentais?
Alguns dos problemas que podem indicar que o cachorro está sofrendo com algum quadro psicológico são:
- Perda de apetite e consequente perda de peso;
- Isolamento;
- Agressividade repentina;
- Olhar triste;
- Lambedura e coceira excessiva;
- Perda de interesse pelo ambiente;
- Alterações na alimentação;
- Prostração;
- Letargia;
- Apatia;
- Gemidos;
- Choros;
- Uivos;
- Busca por lugares tranquilos;
- Diminuição da afetividade;
- Mudanças no comportamento;
- Movimentos lentos;
- Ansiedade;
- Agressividade;
- Perda súbita de peso;
- Dormir muito;
- Não beber água suficiente;
- Incontinência.
Observação: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem, em hipótese alguma, o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, médicos veterinários, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.