Todo tutor deve saber quais são as plantas venenosas para cachorros. Principalmente se você tem inúmeras espécies em casa. Algumas delas podem ser potencialmente tóxicas e podem trazer riscos iminentes à saúde do cão.
Ainda assim, os tutores também sabem que eles podem ser muito curiosos e brincalhões. Eles simplesmente adoram descobrir e mexer com qualquer coisa nova que se apresente à frente, e um alvo fácil são as plantas.
Neste guia, descobriremos quais são as 30 espécies de plantas que representam ameaças à saúde dos nossos cachorros. Uma vez que entendamos os perigos que cada uma delas apresenta, podemos tomar medidas para garantir um ambiente mais seguro para nossos cachorros.
Sintomas de intoxicação por plantas venenosas para cachorros
As plantas venenosas para cachorros podem representar um perigo para a saúde de nossos amigos caninos. É fundamental reconhecer os sintomas de intoxicação por essas plantas a fim de agir rapidamente e buscar assistência veterinária.
Os sintomas de intoxicação por plantas venenosas para cachorros incluem:
- Vômitos frequentes;
- Diarreia;
- Salivação excessiva;
- Letargia e fraqueza;
- Tremores musculares;
- Convulsões;
- Dificuldade para respirar;
- Batimentos cardíacos irregulares;
- Mudanças de comportamento, como agitação ou apatia;
- Perda de apetite.
Caso você suspeite que seu cachorro tenha ingerido uma planta venenosa, é fundamental entrar em contato imediatamente com um veterinário para obter orientações específicas para o caso e evitar complicações graves para a saúde do animal.
Como evitar intoxicação por plantas venenosas para cachorros?
O primeiro passo é reconhecer quais plantas apresentam um potencial tóxico alto e, se possível, não tê-las em casa. Se isso não for possível, medidas como obstruções físicas, manter as plantas em lugares altos são uma opção para evitar que o cachorro tente comê-las.
Você também pode usar sprays repelentes, mas verifique se eles não são prejudiciais para as plantas. Alguns vêm com gosto, o que pode também repelir os cachorros.
Outro ponto é enriquecer o ambiente. Cachorros entediados tendem a ser mais ativos de maneira desproporcional. Portanto, brinque com seu cão, ofereça brinquedos saudáveis que diminuam não só o tédio, mas também o estresse.
Essa medida desviará a atenção do animal e pode ser útil para a saúde dele.
Fique atento quando você estiver passeando com seu cachorro. Algumas dessas plantas podem ser encontradas nas ruas, parques, etc., e ele pode querer brincar com alguma delas.
Primeiros socorros: o que fazer?
Ao deparar-se com um cachorro apresentando sintomas de intoxicação por plantas venenosas, é crucial agir rapidamente para minimizar os danos.
1. Isolar o animal: Certifique-se de que o cachorro não tenha mais acesso à planta venenosa e coloque-o em um local seguro para evitar mais exposição.
2. Ligar para o veterinário: Entre em contato com um veterinário imediatamente para obter orientações específicas sobre como proceder. Forneça informações detalhadas sobre a planta que o cachorro ingeriu, se possível.
3. Indução de vômito: Somente sob orientação de um veterinário, você pode tentar induzir o vômito.
4. Oferecer água: Mantenha o cachorro hidratado, oferecendo pequenas quantidades de água para prevenir a desidratação, a menos que o veterinário aconselhe o contrário.
5. Evitar tratamentos caseiros: Evite dar qualquer medicamento ou alimentos caseiros sem a aprovação do veterinário, pois isso pode piorar a situação.
Lembrando sempre que a intervenção veterinária é essencial em casos de intoxicação por plantas venenosas para cachorros, uma vez que somente um profissional qualificado poderá determinar o tratamento adequado com base na planta ingerida e nos sintomas apresentados pelo animal.
A busca por assistência veterinária imediata é fundamental para a recuperação do seu pet.
Quais são as plantas venenosas para cachorros?
Para garantir a segurança e bem-estar dos nossos queridos amigos de quatro patas, é essencial estarmos cientes das plantas venenosas para cachorros que podem estar presentes em nossos quintais, parques ou até mesmo dentro de nossas casas.
Nesta seção, exploraremos as plantas que representam riscos para os cachorros, ajudando os tutores a identificá-las e tomar as precauções necessárias para evitar a intoxicação de seus animais de estimação.
Alamanda (Allamanda carthatica)
A Alamanda (Allamanda cathartica) é uma planta ornamental popular em jardins devido às suas belas flores amarelas, no entanto, é importante destacar que ela é considerada tóxica para cachorros.
Isso ocorre devido à presença de compostos químicos tóxicos, principalmente alcaloides , como a allamandina e a allamandicina, que são encontrados em várias partes da planta, incluindo folhas, caules e sementes.
Esses alcaloides podem causar irritação gastrointestinal, manifestando-se em sintomas como vômitos, diarreia, salivação excessiva e dor abdominal quando ingeridos por cães.
Além disso, a ingestão de partes da planta, como as folhas, pode levar a sintomas mais graves, incluindo tremores musculares, convulsões, arritmias cardíacas e até mesmo coma em casos extremos.
Portanto, a Alamanda deve ser mantida fora do alcance dos cachorros e, se houver suspeita de ingestão, é fundamental buscar atendimento veterinário imediatamente.
A supervisão cuidadosa do ambiente onde o cachorro vive e a remoção de plantas venenosas são medidas essenciais para garantir a segurança e a saúde dos nossos amigos caninos.
Antúrio (Anthurium)
O antúrio contém compostos químicos irritantes, principalmente oxalato de cálcio, que estão presentes em todas as partes da planta, incluindo folhas, caules e raízes.
Quando um cachorro ingere ou mastiga o antúrio, esses compostos podem causar irritação intensa na boca, língua e garganta, levando a salivação excessiva, dificuldade para engolir, inchaço dos lábios e da língua.
Além disso, a ingestão pode resultar em sintomas gastrointestinais, como vômitos e diarreia.
Arruda (Ruta graveolens)
A Arruda é considerada tóxica para cachorros devido à presença de compostos químicos, principalmente os alcaloides furocumarinas e psoralenos. A ingestão desses alcaloides pode causar irritação gastrointestinal, levando a vômitos, diarreia e dor abdominal.
Em casos mais graves, a Arruda pode afetar o sistema nervoso central dos cães, resultando em sintomas como tremores musculares, convulsões e problemas de coordenação.
Avenca (Adiantum capillus-veneris)
A avenca é tóxica para cachorros devido à presença de substâncias químicas irritantes, como saponinas e alcaloides .
Quando ingerida, a avenca pode causar irritação gastrointestinal, levando a sintomas como vômitos, diarreia, dor abdominal e, em casos graves, desidratação devido à perda de fluidos.
Além disso, o contato com a planta pode causar irritação na pele dos cachorros.
Azaleia (Rhododendron simsii)
Um dos símbolos da cidade de São Paulo, segundo a Wikipédia, decretado pelo então prefeito Jânio Quadros, embeleza inúmeras casas no país inteiro. Porém, a azaleia contém grayanotoxinas, que afetam o sistema cardiovascular e nervoso dos cachorros.
A ingestão dessa planta pode levar a sintomas como vômitos, diarreia, salivação excessiva, fraqueza muscular, depressão, convulsões e até mesmo arritmias cardíacas graves.
Bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima)
O bico-de-papagaio, também conhecido como Flor de Natal, contém um látex leitoso irritante que pode causar irritação na boca e no trato gastrointestinal dos cachorros.
Os sintomas incluem vômitos, diarreia, salivação excessiva e, em casos mais graves, irritação na pele.
Camará (Lantana camara)
O camará contém substâncias tóxicas, como alcaloides e compostos cianogênicos.
A ingestão dessa planta pode levar a sintomas como vômitos, diarreia, falta de coordenação, dificuldade respiratória e, em casos extremos, danos hepáticos.
Cartucheira (Brugmansia suaveolens)
A cartucheira, também conhecida como Trombeta-de-anjo, contém alcaloides tropanos, como a escopolamina, que são altamente tóxicos.
A ingestão pode causar sintomas graves, incluindo agitação, alucinações, taquicardia, dilatação das pupilas, convulsões e até mesmo coma.
Cheflera (Schefflera arboricola)
A cheflera contém cristais de oxalato de cálcio nas folhas, que são irritantes para a boca e o trato gastrointestinal dos cachorros.
A ingestão pode resultar em sintomas como vômitos, diarreia, salivação excessiva e dor abdominal.
Cicuta (Cicuta)
A cicuta é uma das plantas mais tóxicas para humanos e também é extremamente perigosa para cachorros. Contém cicutoxina, que afeta o sistema nervoso central.
A ingestão pode levar a convulsões, espasmos musculares, coma e, em muitos casos, a morte, se não for tratada rapidamente.
Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta Schott)
A comigo-ninguém-pode contém cristais de oxalato de cálcio em suas folhas, que são altamente irritantes para a boca e o trato gastrointestinal dos cachorros.
A ingestão dessa planta pode levar a sintomas como irritação oral, vômitos, diarreia, inchaço da língua e dificuldade para engolir.
Copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica)
O copo-de-leite contém oxalato de cálcio, que também é irritante para a boca e o trato gastrointestinal dos cachorros.
A ingestão pode resultar em sintomas como vômitos, diarreia, salivação excessiva e dor abdominal.
Coroa de Cristo (Euphorbia milii)
A coroa de cristo contém um látex leitoso altamente irritante.
A exposição ao látex pode causar irritação na pele e, se ingerido, pode levar a sintomas como vômitos, diarreia, dor abdominal e até mesmo problemas oculares.
Costela-de-Adão (Monstera deliciosa)
A costela-de-adão contém oxalato de cálcio em suas folhas, que são tóxicas quando ingeridas por cachorros.
A ingestão pode causar irritação na boca e no trato gastrointestinal, resultando em vômitos, diarreia e salivação excessiva.
Dedaleira (Digitalis purpurea)
A dedaleira é uma planta altamente tóxica para cachorros, pois contém compostos cardiotóxicos, como a digoxina.
A ingestão pode afetar o sistema cardiovascular dos cães, levando a sintomas como arritmias cardíacas, fraqueza, vômitos, diarreia e, em casos graves, insuficiência cardíaca.
Espada de São Jorge (Dracaena trifasciata)
A espada de São Jorge contém saponinas, que são substâncias irritantes para os cachorros.
A ingestão pode causar sintomas gastrointestinais, como vômitos e diarreia, bem como irritação oral e salivar.
Espirradeira ou oleandro (Nerium oleander L.)
A espirradeira é altamente tóxica devido à presença de glicosídeos cardíacos.
A ingestão dessa planta pode causar sintomas graves, incluindo vômitos, diarreia, arritmias cardíacas, dificuldade respiratória e, em casos extremos, até mesmo a morte.
Filodendro (Philodendron)
O filodendro contém oxalato de cálcio, que é irritante para a boca e o trato gastrointestinal dos cachorros.
A ingestão pode resultar em vômitos, diarreia, salivação excessiva e dor abdominal.
Folha da fortuna (Kalanchoe pinnata)
A folha da fortuna contém compostos tóxicos, como bufadienolídeos, que afetam o sistema cardíaco dos cachorros.
A ingestão pode levar a sintomas como vômitos, diarreia, irregularidades cardíacas e, em casos graves, convulsões e morte.
Hera (Hedera helix)
A hera contém saponinas e outras substâncias tóxicas que podem causar irritação gastrointestinal nos cachorros.
Os sintomas incluem vômitos, diarreia, salivação excessiva e, em casos graves, dificuldade respiratória.
Hibisco (Hibiscus)
O hibisco é tóxico devido à presença de compostos como glicosídeos cardíacos e alcaloides.
A ingestão pode causar sintomas como vômitos, diarreia, náuseas e, em casos graves, problemas cardíacos.
Hortênsia (Hydrangeia macrophylla)
A hortênsia contém cianeto em suas flores e folhas, o que pode ser muito tóxico para cachorros.
A ingestão pode resultar em sintomas como vômitos, diarreia, aumento da salivação, pressão arterial baixa e, em casos graves, convulsões.
Jiboia (Scindapsus aureus)
A jiboia contém cristais de oxalato de cálcio, que são irritantes para a boca, língua e trato gastrointestinal dos cachorros.
A ingestão pode levar a sintomas como vômitos, diarreia, dor abdominal e salivação excessiva.
Lírio (Lilium candidum e Hemero-callis)
Os lírios são altamente tóxicos para cachorros, especialmente os das espécies Lilium e Hemerocallis.
A ingestão de qualquer parte da planta pode causar insuficiência renal aguda, levando a sintomas como vômitos, diarreia, letargia e desidratação.
Mamona (Ricinus communis)
A mamona contém uma substância chamada ricina, que é altamente tóxica para os cachorros.
A ingestão pode resultar em sintomas graves, incluindo vômitos, diarreia, dor abdominal intensa, convulsões e insuficiência renal.
Palma de Ramos (Cycas revoluta)
A palma de ramos contém uma substância chamada cicasina, que é tóxica para cachorros.
A ingestão pode levar a sintomas como vômitos, diarreia, letargia, tremores musculares e, em casos graves, insuficiência hepática.
Prímula (Primula obconica)
A prímula contém saponinas, que são substâncias tóxicas para os cachorros.
A ingestão pode levar a sintomas gastrointestinais, como vômitos, diarreia e dor abdominal. Além disso, a prímula pode causar irritação na pele e nas mucosas.
Tinhorão (Caladium Bicolor)
O tinhorão é altamente tóxico devido à presença de oxalato de cálcio em suas folhas.
A ingestão pode causar irritação intensa na boca, na língua e no trato gastrointestinal dos cachorros, resultando em vômitos, diarreia, inchaço da língua e dificuldade para engolir.
Tulipa (Tulipa hybrida)
As tulipas contêm alcaloides, que são tóxicos para os cachorros.
A ingestão pode levar a sintomas como vômitos, diarreia, salivação excessiva e, em casos graves, problemas cardíacos.
Violeta (Saintpaulia ionantha)
As violetas são consideradas de baixa toxicidade, mas ainda podem causar desconforto para os cachorros.
A ingestão pode levar a sintomas gastrointestinais leves, como vômitos e diarreia. É importante notar que algumas variedades de Violeta podem ser mais tóxicas do que outras.
Qual planta é saudável para os cachorros?
A grama de trigo (Triticum aestivum) é considerada saudável para os cachorros, desde que seja oferecida com moderação. Existem várias razões pelas quais a grama de trigo pode ser benéfica para os cães:
1. Fonte de fibras: A grama de trigo é rica em fibras dietéticas, o que pode auxiliar na digestão dos cachorros. As fibras ajudam a promover movimentos intestinais regulares, prevenindo a constipação.
2. Estímulo à mastigação: A grama de trigo é uma opção natural para cães que gostam de mastigar plantas. Isso pode ajudar a satisfazer seu instinto de mastigação, reduzindo o desejo de roer objetos inadequados.
3. Ajuda na eliminação de bolas de pelo: Quando os cães lambem seu pelo, eles podem acabar ingerindo pelos soltos. A grama de trigo pode ajudar a envolver os pelos no trato digestivo e facilitar sua eliminação naturalmente, reduzindo o risco de formação de bolas de pelo.
4. Fornecimento de nutrientes: A grama de trigo contém nutrientes como clorofila, vitaminas (A, C e E), minerais e antioxidantes, que podem ser benéficos para a saúde geral do cachorro.
No entanto, é importante oferecer a grama de trigo de maneira controlada, pois o excesso pode levar a problemas gastrointestinais, como diarreia.
Além disso, certifique-se de que a grama de trigo não tenha sido tratada com produtos químicos ou fertilizantes, pois isso pode ser prejudicial para o cachorro.
Conclusão
É fundamental que os tutores estejam cientes das plantas venenosas para cachorros e tomem medidas para mantê-las longe de seus queridos animais de estimação.
Este guia detalhou 30 espécies de plantas que podem representar riscos à saúde dos cães e destacou a importância da prevenção e da supervisão atenta.
Ao evitar o acesso dessas plantas venenosas para cachorros e adotar uma abordagem proativa na segurança do ambiente, os tutores podem garantir que seus cãozinhos desfrutem de um lar seguro e livre de perigos vegetais.
A segurança e o bem-estar dos nossos amigos caninos devem sempre ser prioridades, e o conhecimento sobre plantas venenosas para cachorros é uma parte fundamental desse cuidado responsável.
Observação: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem, em hipótese alguma, o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, médicos veterinários, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.